Número fica dentro do esperado e a taxa acumulada de 12 meses vai a 4,61%
A variação no IPCA foi mínima, diferente do que analistas previam que era uma inflação de 0,28% no mês e uma variação de 4,67% na comparação anual.
A taxa de inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 0,23% em agosto, após aumentar 0,12% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alta acumulada é de 3,23% do IPCA em 2023 e o índice alcançou 4,61% em 12 meses. Em 2022, no mês de agosto, a inflação ficou 0,36% negativo.
A volatilidade do mês foi inferior às expectativas dos analistas de mercado. O consenso estima inflação em 0,28% no mês e +4,67% de diferença ano a ano.
Energia elétrica e habitação.
A energia elétrica teve um impacto significativo nos preços da Habitação, impulsionando um aumento considerável neste grupo. Destaca-se que Habitação teve o maior impacto positivo, contribuindo com 0,17 pontos percentuais (p.p.) e registrando a maior variação de 1,11%. Outros setores que também tiveram aumentos notáveis incluem Saúde e Cuidados Pessoais, com um aumento de 0,58% e contribuindo com 0,08 p.p., e Transportes, com um aumento de 0,34% e 0,07 p.p. Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas continuaram a apresentar quedas pelo terceiro mês consecutivo, com uma redução de 0,85% e um impacto de -0,18 p.p.
Os resultados dos demais grupos foram os seguintes:
- Educação com um aumento de 0,69% e contribuição de 0,04 p.p.,
- Vestuário com 0,54% e 0,02 p.p.,
- Despesas Pessoais com 0,38% e 0,04 p.p.,
- Comunicação com uma queda de -0,09% e -0,01 p.p.,
- Artigos de Residência com uma queda de -0,04% e impacto neutro de 0,00 p.p.
O fator predominante neste mês foi o aumento nos preços de energia elétrica residencial, que subiu significativamente em 4,59% e contribuiu com 0,18 p.p. para o índice geral de preços. André Almeida, gerente do IPCA/INPC, explicou que esse aumento na energia elétrica se deve, principalmente, ao fim da incorporação do bônus de Itaipu.
Este bônus estava relacionado a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, e foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho, mas não está mais presente em agosto.
Comida caindo
Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas (-0,85%) diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, em grande parte devido à redução dos preços domésticos dos alimentos (-1,26%).
Os produtos com maior destaque nas quedas
- Batata-inglesa (-12,92%)
- Feijão carioca (-8,27%)
- Tomate (-7,91%)
- Leite envelhecido (-3,35%)
- Pedaços de frango (-2,57%)
- Carnes (-1,90%).
Do lado alto, os destaques no aumento foram:
- arroz (1,14%)
- frutas (0,49%) aumentaramcom destaque para o limão (51,11%) e a banana (4,90%). %).
“Nos últimos meses, observamos quedas em vários produtos importantes de consumo doméstico, como carne bovina e frango, relacionadas a questões de abastecimento. A disponibilidade de oferta de carne no mercado interno é maior, o que tem contribuído para a queda nos últimos meses”, enfatizou o gestor. A alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou aumento semelhante ao mês passado (0,21%), puxado pelos aumentos nos lanches (0,30%) e nas refeições principais (0,18%). Em julho, a volatilidade destas subseções foi de 0,49% e 0,15%,
Região
Regionalmente, foram dois locais que registraram queda nos preços em agosto, sendo a maior variação registrada em Fortaleza (0,74%), devido ao aumento nos preços da gasolina (4,98%) e nos preços da energia elétrica residencial (2,76%). A menor variação foi registrada em Belo Horizonte (-0,08%), afetada pela queda de 16,41% nas passagens aéreas e de 9,09% nos ônibus urbanos.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,20% em agosto, uma alta em comparação com o mês anterior, quando havia registrado uma queda de -0,09%. No acumulado do ano, o INPC teve um aumento de 2,80%, enquanto nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,06%, superando os 3,53% observados no período de 12 meses anterior. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,31%.
Os produtos alimentícios tiveram uma redução de -0,91% em agosto, após uma queda de 0,59% em julho. Já os produtos não alimentícios apresentaram um aumento de 0,56%, um aumento significativo em relação ao resultado de 0,07% registrado em julho.
Em relação às cidades, duas áreas tiveram quedas em agosto. A menor variação ocorreu em Belo Horizonte, com -0,24%, influenciada principalmente pelas reduções de 9,09% nos preços dos ônibus urbanos e de 7,15% no preço do frango em pedaços. Por outro lado, a maior variação foi registrada em Belém, com 0,74%, devido ao aumento de 8,82% na energia elétrica residencial.
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