Brasil ultrapassa Estados Unidos como maior fornecedor de milho da China

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By Paulo Faria

Brasil ultrapassou Estados Unidos nas Exportações de Milho para a China: Uma Mudança de Liderança

Um Novo Líder Emergente

Até novembro, as exportações brasileiras de milho para a potência asiática somaram impressionantes 8,79 milhões de toneladas. Além disso o Brasil ultrapassou os Estados Unidos como o principal fornecedor de milho para a China, apenas um ano após a aprovação dos embarques, marcando uma reviravolta significativa.

Estatísticas Reveladoras

Segundo dados alfandegários, as exportações brasileiras compreenderam 40% do total de 22,18 milhões de toneladas importadas pela China, enquanto os embarques dos EUA foram de 6,50 milhões, representando menos de 30% do total e menos da metade em comparação com o ano anterior.

Diversificação e Produção Recordes

Anteriormente dependente dos EUA e da Ucrânia, a busca por diversificação de fornecedores pela China coincidiu com os níveis recordes de produção no Brasil. Importações chinesas superando 20 milhões de toneladas por três anos consecutivos refletem uma recomposição de estoques e uma demanda crescente por ração animal.

Fatores Impulsionadores

Observa-se, de acordo com Cherry Zhang, analista da Shanghai JC Intelligence: “O Brasil teve uma safra gigante e seu milho estava barato”. Além disso, as relações amistosas entre os dois países contribuíram para essa mudança de dinâmica. Grandes quantidades de grãos foram encomendadas no início do ano e agora estão chegando à China.

Desafios e Perspectivas

As importações totais de milho em novembro atingiram o nível mais alto já registrado desde 2005. Mesmo com a assinatura de um acordo de compra de milho com o Brasil no ano passado, desafios como a queda nos preços do milho em Chicago e gargalos logísticos nas exportações brasileiras podem levar as tradings a reconsiderar os embarques dos EUA.

Mercado Desafiador

Independentemente da origem mais atrativa, um mercado fraco é enfrentado pelos exportadores. Os futuros de milho na bolsa de commodities de Dalian caíram 18% em 2023, atingindo o nível mais baixo em mais de três anos. Em Chicago, a cotação afundou 30%.

Pressões no Mercado Chinês

Destaca-se pela corretora chinesa Holly Futures: “O pessimismo está impregnando o mercado”. Há pressão sobre os produtores para venderem seus grãos, enquanto as tradings relutam em acumular estoques. A queda nos lucros dos pecuaristas e frigoríficos chineses, principais consumidores do grão, ameaça as perspectivas para a demanda.


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