Criação dos Primeiros Bancos às Cédulas e Práticas de Empréstimo

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By Paulo Faria

No cenário atual, deparamo-nos com uma ampla gama de bancos e serviços financeiros à nossa disposição. Já se indagou sobre a origem dos bancos e o percurso evolutivo que moldou sua existência até os dias atuais? Os bancos e banqueiros têm suas raízes entrelaçadas ao desenvolvimento do comércio. Inicialmente, os banqueiros desempenhavam o papel de avaliar e pesar o ouro que seria utilizado nas transações comerciais em feiras pela Europa. Com o decorrer do tempo, sua função evoluiu para incluir o depósito dos clientes. Em contrapartida, forneciam certificados conhecidos como “goldsmith’s notes”, os quais passaram a ser amplamente aceitos como forma de pagamento e, mais tarde, evoluíram para as pioneiras cédulas de dinheiro.

Começo dos bancos

A origem dos bancos está intrinsecamente ligada ao surgimento das primeiras moedas. Nas grandes civilizações, as pessoas já praticavam o ato de tomar emprestado, emprestar e guardar dinheiro de outras pessoas.

Acredita-se que a cultura de lidar com dinheiro, que caracterizaria as primeiras operações bancárias, remonta à civilização fenícia. Com o desenvolvimento do comércio durante a Idade Média, os banqueiros começaram a moldar sua função, espalhando-se por toda a Europa. Dessa forma, quando as pessoas trocavam ouro por produtos nas feiras da Europa Central, o banqueiro assumia a responsabilidade pela pesagem das moedas.

Além disso, o banqueiro tinha a importante função de verificar a autenticidade das moedas e avaliar a qualidade dos metais, tudo isso mediante uma comissão.

À medida que a economia europeia se desenvolvia, os banqueiros passaram a aceitar depósitos monetários. Certificados, conhecidos como “goldsmith’s notes”, eram emitidos como prova de que as pessoas tinham reservas nos bancos. Para resgatar os valores depositados, bastava apresentar o certificado e sacar integral ou parcialmente o montante guardado.

Com o tempo, esses certificados passaram a ser aceitos como meio de pagamento, pois eram mais seguros, práticos e leves do que o ouro físico. Assim, surgiram as primeiras cédulas de dinheiro, inicialmente lastreadas em ouro, em contraste com as atuais, emitidas e controladas pelos governos.

Os banqueiros perceberam que as pessoas frequentemente não retiravam todo o montante depositado. Surgiu, então, a ideia de usar parte desses recursos para conceder empréstimos com a cobrança de juros, proporcionando aos banqueiros uma forma de acumular riqueza por meio do empréstimo dos recursos dos clientes.

Curiosamente, a cobrança de juros não era aprovada pela igreja, levando os judeus a tornarem-se proprietários de muitos dos bancos da época. Além disso, os donos dos bancos adquiriram considerável poder com a queda do feudalismo, recebendo terras como pagamento das dívidas dos senhores feudais.

Bancos da Atualidade

Em 1406, na cidade de Gênova, na Itália, surgiu o primeiro banco moderno, o Banco di San Giorgio. Contrastando com essa longa trajetória, a Escócia viu o surgimento dos primeiros serviços bancários eletrônicos apenas em 1983.

Atualmente, para além das instituições bancárias tradicionais, os bancos digitais proporcionam uma experiência totalmente inovadora aos clientes, com todos os atendimentos realizados virtualmente.

Independentemente do tipo de banco escolhido, os clientes geralmente encontram serviços consistentes. Eles podem utilizar o banco como um local para armazenar dinheiro, seja por meio de uma conta poupança ou conta corrente, ou como uma fonte para obtenção de recursos, através de empréstimos, cheque especial e financiamentos.

As principais fontes de receita para os bancos são os juros e as taxas associadas à utilização de seus serviços. Por exemplo, o banco pode atrair fundos de algumas pessoas (mediante o pagamento de juros) para, posteriormente, conceder empréstimos aos clientes. Em troca do empréstimo, o banco cobra uma taxa de juros suficientemente alta para cobrir os juros dos fundos iniciais captados, custos operacionais e ainda gerar lucros.


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