Follow-on Gpa, acionistas podem pagar preços altos

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By Paulo Faria

Oferta pode resultar em diluição de até metade para quem não participar, mas notícia de possível aporte de ex-CEO traz otimismo

Os desdobramentos do follow-on anunciado recentemente pelo GPA (PCAR3), controlador da rede Pão de Açúcar, continuam sendo monitorados de perto pelos investidores.

Detalhes da oferta, follow-on GPA

A proposta de oferta de ações, com um montante entre R$ 504 milhões e R$ 1 bilhão, pode levar a uma diluição considerável para os acionistas, potencialmente chegando ao valor quase total de mercado da empresa varejista de alimentos.

Próximos passos e procedimentos

As próximas etapas do processo estão sob escrutínio. Além disso, o roadshow e o processo de bookbuilding começaram para investidores profissionais nesta terça-feira (5). Posteriormente, o período de subscrição para os acionistas atuais se estende até o dia 11. Por fim, a definição do preço por ação está agendada para o dia 13, com a negociação das novas ações na B3 a partir do dia 15.

Impactos do follow-on GPA, segundo analistas do mercado

De acordo com analistas do mercado, a conclusão da oferta poderá resultar em dois principais efeitos:

  1. Possível diluição de acionistas e do controlador: Com a ampliação das ações em circulação, a oferta pode acarretar em uma diluição de até 50% para os acionistas que não aderirem. Além disso, em meio ao processo de reestruturação, o Casino indicou que não participará da oferta. Caso esse cenário se concretize, o atual controlador do GPA, com participação de 41% na empresa, poderia ser diluído até 20% – se lotes adicionais de ações forem emitidos –, perdendo o controle da empresa.
  2. Redução da alavancagem: A oferta está alinhada com a estratégia do GPA de reduzir sua alavancagem financeira, após vendas de participações em outras empresas.

Análise de expectativas e projeções futuras

A análise da Genial destaca que a companhia possui atualmente 270 milhões de ações em circulação. Isso significa que uma oferta de 280 milhões deve causar significativa volatilidade nas ações a curto prazo, especialmente após a definição do preço de emissão.

Notícia positiva impulsiona as ações

Outra notícia positiva está impactando positivamente as ações. Segundo o Brazil Journal, o ex-CEO e ex-chairman do Grupo, Ronaldo Iabrudi, planeja investir R$ 100 milhões na oferta de ações da empresa.


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