Fundos Cambiais: principais características e seu funcionamento

Photo of author

By Lívia Giacomini

Entenda tudo sobre Fundos Cambiais e saiba como fazer aplicações com mais segurança e reduzindo riscos

Os Fundos Cambiais são um tipo de investimento em renda variável, considerados fundos de investimento aberto, ou seja, que permite a entrada de novos cotistas ou o aumento da participação dos cotistas, bem como permite a saída dos cotistas por meio do resgate de cotas. A criação desse tipo de fundo se deu com o propósito de tornar mais acessível para os investidores o acesso às principais moedas do mundo, como o dólar e o euro. Em outras palavras, ele investe em ativos que seguem o desempenho das moedas estrangeiras.

Nesse contexto, os ganhos ou perdas de rentabilidade para o investidor estão diretamente relacionados com o desempenho da moeda à qual os ativos da carteira do fundo estão vinculados.

Como funcionam os Fundos Cambiais

As instituições financeiras gerenciam esse tipo de Fundo, e elas atuam como administradoras dos ativos que compõem o portfólio do fundo. Pelo menos 80% da carteira deve ter sua alocação em ativos relacionados a moedas, enquanto os 20% restantes são investidos de acordo com a estratégia do fundo, podendo até incluir aplicações mais conservadoras, como produtos de Renda Fixa.

O patrimônio do fundo é formado pela soma dos investimentos de cada cotista e do mesmo modo é direcionado para o mercado de câmbio, envolvendo também derivativos e contratos futuros relacionados a elas. Importante ressaltar que, apesar do fundo cambial acompanhar as variações das moedas estrangeiras, os aportes e resgates são dão em Real.

            Outro aspecto relevante para compreender o funcionamento do fundo cambial é que ele investe em títulos de moedas estrangeiras por meio de operações com derivativos. Dessa forma, não ocorre a aquisição direta de moedas.

Vantagens e desvantagens

Entre as vantagens, destacam-se:

  • Uma oportunidade de diversificar o portfólio em diferentes moedas;
  • A proteção contra flutuações cambiais;
  • A facilidade de investimentos estrangeiros, sem precisar abrir uma conta em outra país;
  • A preservação do capital diante de incertezas no cenário doméstico;
  • A exposição a uma moeda de alcance internacional;
  • A gestão profissional da carteira do fundo, com especialistas à frente das operações;
  • A liquidez, permitindo que os investidores retirem seus recursos em pouco tempo após o resgate.

Como desvantagem, deve-se considerar:

  • A própria volatilidade das taxas de câmbio, que é difícil de prever, mesmo para especialistas;
  • Em caso de desvalorização da moeda estrangeira, os investidores podem enfrentar perdas financeiras.

Tributação

Primeiramente precisamos dizer que os Fundos Cambiais estão sujeitos a duas modalidades de tributação: o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O Imposto de Renda incide sobre a rentabilidade obtida na carteira do fundo, e não sobre o valor total do patrimônio investido. Para fins de tributação, os fundos cambiais classificam-se em dois grupos: de curto e de longo prazo.

O tempo de permanência no fundo impacta diretamente na alíquota aplicada. Nesse sentido, quanto mais tempo o dinheiro permanece no fundo, menor será a alíquota que o governo irá recolher.

Calcula-se a tributação do Imposto de Renda sobre os Fundos Cambiais a cada seis meses pelos administradores do fundo, mais especificamente no último dia útil dos meses de maio e novembro. Para esse cálculo, aplica-se uma alíquota menor correspondente a cada categoria, ou seja, de curto ou longo prazo. A coleta desse imposto se dá mediante redução do número de cotas fundo, o que resulta na conhecida prática do “come-cotas”.

Quanto ao IOF, ele é aplicado somente quando ocorre o resgate do investimento dentro de um período inferior a 30 dias a partir da data da aplicação. A alíquota sobre o rendimento nesse caso pode variar de 96% a 0%, dependendo do período de resgate.

Custos para investir em Fundos Cambiais

Em um fundo cambial, são determinadas algumas taxas destinadas a remunerar as instituições responsáveis, como o administrador e gestor. Uma dessas taxas é a taxa de administração, que remunera os serviços de gerenciamento e gestão do fundo, e aplica-se sobre o valor total do patrimônio mantido pelo investidor. É importante destacar que a taxa de administração ocorre independentemente do desempenho do fundo, seja ele lucrativo ou obtendo prejuízo.

Também, pode haver a cobrança de uma taxa de performance, que é uma forma de remuneração vinculada aos resultados alcançados. Essa taxa funciona como um bônus que o administrador recebe quando consegue obter um desempenho superior ao benchmark previamente acordado.

Em suma, é importante que o investidor esteja atento e faça escolhas criteriosas ao decidir onde aplicar seu capital. Cada decisão pode ter um impacto significativo em seus objetivos financeiros. Para auxiliá-lo nessa jornada, estamos à disposição com uma equipe de assessores de investimentos dedicados. Nossos profissionais estudam o mercado diariamente, identificando as melhores oportunidades e analisando os riscos para fornecer orientações sólidas e embasadas. Contar com a expertise de nossos profissionais pode ser um diferencial para tomar decisões informadas e homologadas com seus objetivos financeiros. Estamos aqui para ajudá-lo a alcançar seus objetivos de investimentos de forma mais segura e eficaz. Entre em contato conosco.

Mais artigos como este, acesse aqui!