Fundos de Investimentos – Um guia básico para começar seus investimentos

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By Karol Reinert

Saiba como começar a investir em Fundos de Investimento: o que são, quais tipos existem, vantagens, riscos e mais…

No post de hoje vamos falar sobre os Fundos de Investimento, e para começar vamos falar do conceito, ou seja, o que é e como funciona um Fundo de Investimento.

O que são Fundos de Investimento

Fundos de investimento são produtos financeiros que reúnem o dinheiro de vários investidores e o aplicam em uma diversificada carteira de ativos, como ações, títulos públicos, imóveis e outros. O objetivo é obter rendimentos através da valorização desses ativos ou dos rendimentos que eles geram, como juros ou aluguéis.

Os fundos são geridos por uma instituição financeira, que se encarrega de selecionar os ativos a serem adquiridos e de monitorar sua performance. Os investidores podem aplicar seu dinheiro no fundo e, em troca, recebem uma parte proporcional dos rendimentos gerados pelo fundo.

Existem vários tipos de fundos de investimento, cada um deles com objetivos e estratégias de investimento diferentes. Alguns visam maximizar os rendimentos, enquanto outros buscam minimizar os riscos. Alguns fundos focam em um único tipo de ativo, enquanto outros podem diversificar os ativos em que investem. É importante entender as características de cada tipo de fundo antes de escolher um para investir.

Classificação dos Fundos de Investimento: Abertos X Fechados

Os fundos de investimento podem se classificar como abertos ou fechados. A principal diferença entre esses dois tipos de fundos é a possibilidade de admissão de novos investidores.

Fundos de investimento abertos: são aqueles que permitem a entrada de novos investidores a qualquer momento. Os investidores podem aplicar seu dinheiro no fundo e receber cotas proporcionais ao valor investido. Os fundos abertos têm uma estrutura mais flexível e permitem a saída de investidores a qualquer momento, mediante o resgate das cotas.

Fundos de investimento fechados: são aqueles que não permitem a entrada de novos investidores após a sua constituição. Os investidores que já participam do fundo podem continuar mantendo suas cotas, mas não há possibilidade de novas admissões. Os fundos fechados têm uma estrutura mais rígida e os investidores só podem sair do fundo na data de vencimento do fundo ou em casos especiais previstos em seu regulamento.

Tipos de Fundo de Investimento

Existem diversos tipos de fundos de investimento, cada um com suas próprias características e objetivos. Alguns dos tipos mais comuns são:

  1. Fundos de Renda Fixa: investem em títulos públicos e privados de renda fixa, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Esses fundos visam gerar rendimentos através dos juros pagos pelos títulos.
  1. Fundos de Ações: investem em ações de empresas listadas na bolsa de valores. O objetivo é obter rendimentos através da valorização das ações ou dos dividendos pagos pelas empresas.
  1. Fundos Imobiliários: investem em imóveis, como prédios comerciais ou residenciais. O objetivo é gerar rendimentos através dos aluguéis ou da valorização dos imóveis.
  1. Fundos de Dívida Externa: investem em títulos emitidos por governos e empresas estrangeiras. O objetivo é obter rendimentos através dos juros pagos pelos títulos.
  1. Fundos Multimercado: investem em uma ampla variedade de ativos, como ações, títulos de renda fixa, câmbio, commodities e outros. O objetivo é buscar rendimentos através da diversificação dos investimentos.
  1. Fundos Cambiais: investem em ativos denominados em moedas diferentes da moeda local, visando obter rendimentos com a variação cambial entre essas moedas.
  1. Fundos de Previdência: seu objetivo é poupar dinheiro para a aposentadoria. Podem investir em diversos tipos de ativos, como ações, títulos de renda fixa e imóveis.
  1. Fundos de Reserva: são destinados a preservar o valor do investimento, investindo em ativos de baixo risco, como títulos públicos e certificados de depósito.
  1. Fundos de Índice: replicam um índice de mercado, como o Ibovespa, investindo nas mesmas ações que compõem o índice. O objetivo é obter rendimentos semelhantes aos do índice.

Riscos ao aplicar em Fundos de Investimento

Como qualquer outro tipo de investimento, os fundos de investimento envolvem riscos. Alguns dos riscos mais comuns são:

  • Risco de Mercado: os preços dos ativos em que o fundo investe podem flutuar em função de diversos fatores, como mudanças nas taxas de juros, na economia global ou nas expectativas dos investidores. Isso pode afetar o valor do fundo e, consequentemente, os rendimentos dos investidores.
  • Risco de Crédito: quando o fundo investe em títulos de dívida, existe o risco de que o emissor dos títulos não consiga honrar os compromissos de pagamento de juros e principal. Isso pode afetar negativamente o valor do fundo.
  • Risco de Liquidez: alguns fundos podem ter dificuldades para vender os ativos em que investem, especialmente em momentos de crise ou volatilidade do mercado. Isso pode afetar a capacidade do fundo de resgatar as cotas dos investidores quando solicitado.
  • Risco de Gestão: a qualidade da gestão do fundo pode afetar sua performance. Se a gestão não for eficiente, o fundo pode ter rendimentos inferiores aos esperados ou mesmo perdas.

É importante lembrar que os fundos de investimento não são garantidos pelo governo ou por qualquer outra instituição financeira, o que significa que os investidores correm o risco de perder parte ou todo o seu investimento. Por isso, é importante avaliar os riscos de cada fundo antes de investir e garantir que o perfil de risco do fundo esteja de acordo com o seu próprio perfil de investidor.

Regras que os Fundos de Investimento devem seguir

No Brasil, os fundos de investimento são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pelo mercado de valores mobiliários no país. A CVM estabelece regras para garantir a transparência, segurança e integridade do mercado de fundos de investimento no Brasil.

Algumas das principais regras aplicáveis aos fundos de investimento no Brasil incluem:

Divulgação de informações: os fundos devem fornecer informações detalhadas sobre sua estrutura, objetivos, políticas de investimento e desempenho para os investidores. Isso inclui o relatório de gestão, o prospecto e o regulamento do fundo.

Limitações de investimento: os fundos devem seguir os limites de investimento estabelecidos em seu regulamento, que podem incluir, por exemplo, limites de concentração em ativos ou emissores específicos.

Regime de tributação: os fundos de investimento são tributados de maneira diferente de acordo com o tipo de ativo em que investem e os rendimentos gerados. Por exemplo, os fundos de ações são tributados com alíquota de 15% sobre os ganhos de capital, enquanto os fundos de renda fixa são tributados com alíquota de 22,5% sobre os rendimentos.

Resgate de cotas: os fundos devem estabelecer as condições para o resgate das cotas pelos investidores, incluindo o prazo e as taxas aplicáveis.

Governança: os fundos devem contar com um conselho de administração e um conselho fiscal responsáveis por supervisionar a gestão do fundo e garantir o cumprimento das regras.

As regulamentações podem se atualizar periodicamente, e é importante estar atento a essas atualizações antes de investir. 

De qualquer forma, sempre que você vai investir, o Fundo de Investimento é obrigado a deixar claro todas as informações do Fundo, inclusive parte dele tem que expresso obrigatoriamente no nome do fundo

Sobre a tributação dos Fundos de Investimentos

A tributação dos fundos de investimento depende do tipo de ativo em que o fundo investe e dos rendimentos gerados. Veja abaixo alguns exemplos

Fundos de Ações:

Prazo: Independente do prazo de aplicação;
Alíquota IR: 15%

Fundos de Tributação de Longo Prazo:

Prazo: Até 180 Dias
Alíquota IR: 22,5%

Prazo: De 181 Dias a 360 Dias
Alíquota IR: 20%

Prazo: De 361 a 720 Dias
Alíquota IR: 17,5%

Prazo: Acima de 720 Dias
Alíquota IR: 15%

Fundos de Tributação de Longo Prazo:

Prazo: Até 180 Dias
Alíquota IR: 22,5%

Prazo: Acima de 180 Dias
Alíquota IR: 20%

A cobrança do Imposto de Renda acontece semestralmente sobre o rendimento das cotas. No jargão, é o que o mercado chama de “come cotas”. No caso de resgate em prazo inferior a 30 dias da aplicação do recurso, há também a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

* Longo prazo se refere a fundos cuja carteira de títulos tenha prazo médio acima de 365 dias, e curto prazo aos fundos com títulos de prazo médio inferior a 365 dias.

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