Puxado Pela Gasolina, IPCA-15 Sobe 0,35% em setembro

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By Paulo Faria

Nos doze meses mais recentes, o IPCA-15 sobe apresentando uma variação de 5,00%, em contraste com os 4,24% registrados nos doze meses anteriores até agosto. A previsão era de 5,01%.

O IPCA-15, que é uma prévia da inflação oficial do país, teve um aumento de 0,35% em setembro. Essa informação foi divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, dia 26. Isso representa um aumento em relação aos 0,28% registrados em agosto, surpreendendo os analistas do mercado financeiro, que previam uma variação de 0,38% de acordo com o consenso Refinitiv. Em setembro do ano passado, o índice estava em -0,37%.

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve uma variação de 5,00%, enquanto nos 12 meses até agosto estava em 4,24%. Os analistas esperavam uma leitura de 5,01%. No acumulado do ano, o indicador registra um aumento de 3,74%.

De acordo com o IBGE, o principal impacto para o resultado do mês veio do setor de Transportes, que teve uma variação de 2,02%, contribuindo com 0,41 ponto percentual, principalmente devido ao aumento de 5,18% nos preços da gasolina.

Em setembro, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento. O grupo Habitação teve um aumento de 0,30%, desacelerando em relação ao 1,08% do mês anterior. Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas teve uma queda de 0,77%.

No grupo de Transportes, além da alta da gasolina, outros itens com preços maiores incluem “demais combustíveis” (4,85%), óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%). No entanto, o etanol teve uma queda de 1,41%. Passagens aéreas, após uma queda de 11,36% em agosto, subiram 13,29% em setembro.

Dados por Grupo

Em relação ao grupo Habitação, o aumento na energia elétrica residencial (0,66%) se destacou devido ao reajuste de 9,40% em Belém (8,81%) a partir de 15 de agosto. A taxa de água e esgoto (0,12%) subiu devido ao reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%) a partir de 1º de agosto. Por outro lado, houve uma queda no gás encanado (-0,46%) devido a reduções tarifárias em Curitiba (-1,47%) e no Rio de Janeiro (-0,84%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,17%). O aumento no plano de saúde (0,71%) se destacou devido a reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho.

No grupo Alimentação e Bebidas, a queda de 0,77% foi influenciada principalmente pela deflação nos preços dos alimentos no domicílio (-1,25%), com destaque para a batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%) e frango em pedaços (-1,99%). No entanto, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) tiveram aumento de preço, com destaque para o limão (32,20%) e a banana-d’água (4,36%).

A alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao resultado do mês anterior (0,22%), com aumentos no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%), enquanto em agosto esses subitens haviam registrado variações de 0,14% e 0,35%, respectivamente.

No que diz respeito às regiões, apenas Salvador registrou variação negativa em setembro no IPCA-15, com -0,03%, influenciada pela queda nos preços da cebola (-16,60%) e das carnes (-3,95%). Já a maior variação foi em Belém (1,00%), devido ao aumento na energia elétrica residencial (8,81%) e na gasolina (6,51%).


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