O que é e como investir nesse ativo que tem ganhado destaque no mundo dos investimentos. Confira tudo sobre a Letra de Crédito do Agronegócio agora!
O setor do agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira e por isso recebe incentivos do governo. Entre os principais incentivos encontramos a isenção de IRPF para investimentos nos ativos de agro como a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).
Pensando nisso, decidimos montar esse artigo explicando tudo sobre as LCAs, para que você decida se ela é um tipo de ativo que combina com seu perfil investidor e como você pode começar a investir no agro através delas.
O que é a Letra de Crédito do Agronegócio
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título emitido por uma instituição financeira.
Seu principal objetivo é captar recursos para negócios da cadeia do agronegócio. Ou seja, você empresta seu dinheiro para que as instituições financeiras incentivem as iniciativas do Agronegócio, fazendo o setor se desenvolver e prosperar. Em troca, você recebe o seu dinheiro acrescido de uma valorização.
Basicamente essa metodologia é como funciona a maioria dos títulos de Renda Fixa, e a LCA é um deles.
As Letras de Crédito do Agronegócio foram criadas pela Lei nº 11.076, e esses ativos têm como uma das suas principais vantagens a isenção de Imposto de Renda para a Pessoa Física.
Além disso, LCAs que tiveram sua emissão a partir de 23 de maio de 2013 têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite estabelecido pelo Fundo para recursos numa mesma instituição. O prazo mínimo varia de acordo com o indexador que possui.
Como Funcionam as LCAs
Basicamente existem 3 tipos de LCA: as prefixadas, pós fixadas e as atreladas à inflação! Vamos falar um pouco de cada a seguir:
Letras de Crédito do Agronegócio Prefixadas:
Nesse tipo, ao investir você receberá uma taxa de juros já definida no momento da aplicação. Exemplo: 7% a.a. Ou seja, na hora que você aplica seu dinheiro já é possível calcular a remuneração que você deve obter ao final do prazo de vencimento do ativo.
Letras de Crédito do Agronegócio Pós-fixadas:
Nesse caso, você não sabe de antemão o indicador que servirá de referência para a remuneração da LCA. Normalmente utiliza-se o CDI, que é a principal taxa de referência de rentabilidade dos investimentos de renda fixa. Porém, o retorno da sua aplicação deve seguir a dinâmica das variações deste indicador. Caso ele suba ou caia ao decorrer do tempo, a remuneração deverá ser maior ou menor.
Normalmente, a rentabilidade de uma LCA pós-fixada aparece como um percentual do indicador de referência. Exemplo: 90% do CDI ao ano. Isso que dizer que você receberá 90% do que render o CDI ao longo de um ano.
Letras de Crédito do Agronegócio atreladas à inflação:
Também conhecidas como “Híbridas”, as LCAs desse tipo, tem a rentabilidade com uma parcela prefixada e outra pós-fixada. Em suma, isso quer dizer que essas LCAs devem assegurar uma taxa de juros (como 4% ou 5% ao ano) mais a variação da inflação.
Como escolher em qual tipo investir?
A escolha por qualquer um desses tipos depende de vários fatores relacionados às características do investidor (perfil investidor) e também aos seus objetivos. Se sua intenção é preservar o poder de compra do seu dinheiro, as letras de crédito do agronegócio atreladas à inflação podem ser uma opção muito interessante. Já para quem não gosta de surpresas, os papéis prefixados costumam ser os mais estáveis e conservadores.
Liquidez das LCAs
As LCAs são investimentos de liquidez menor em relação a de outros ativos de renda fixa. Isso significa que a dificuldade para resgatar seus recursos é maior do que nos títulos públicos ou os CDBs.
Em outras palavras, não dá para tirar seu dinheiro a qualquer hora.
Por isso, é preciso ter atenção ao prazo de carência do título. As LCAs devem obedecer a um tempo mínimo de investimento, determinado por regulação do CMN (Conselho Monetário Nacional). E essa carência vai variar de acordo com o tipo de remuneração oferecida pelos ativos.
Além do prazo de carência, você precisa considerar a possibilidade de resgatar as letras antes do vencimento. Há LCAs com liquidez diária após um período mínimo de aplicação. Ou seja, a partir de certo momento você consegue resgatar seu dinheiro a qualquer hora.
Mercado secundário de LCAs
Em casos de prazos mais longos, também é possível negociar os ativos no mercado secundário, vendendo as suas Letras de Crédito do Agronegócio para outro investidor que esteja disposto a cumprir o prazo até o final.
É preciso observar que esse tipo de operação tem certo risco, já que nem todas as letras possuem volume alto de operações no mercado secundário. Com isso, você pode demorar algum tempo até conseguir vendê-las, ou então ceder um desconto para atrair interessados.
Além disso, no mercado secundário, negocia-se os ativos a “preços de mercado”, definidos livremente de acordo com a demanda dos outros investidores. Por isso, o valor dos papéis pode tanto estar mais alto, gerando valorização, como também pode estar mais baixo.
Riscos das Letras de Crédito do Agronegócio
Quem investe nas LCAs fica exposto ao risco geral da própria instituição financeira que emitiu os papéis. Isso quer dizer que se o banco apresentar algum problema de liquidez os investidores também devem sentir o impacto, mesmo que os problemas não estejam diretamente relacionados ao lastro das letras em que você investiu. Esse risco é conhecido como Risco de Crédito.
A vantagem, no entanto, é que as Letras de Crédito do Agronegócio são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Com isso, no caso de a instituição financeira quebrar, o investidor recebe de volta até R$ 250 mil do valor aplicado.
Essa garantia é contabilizada por CPF e por instituição. Para ficar mais fácil de entender veja o exemplo: se você tem 400 mil investidos no “Banco X” diversificados em vários papéis, você receberá de volta apenas 250 mil. Porque a garantia está vinculada à instituição “BancoX” e seu CPF, e não por ativo.
Por isso, especialistas recomendam diversificar não só os papéis, mas também as instituições para que assim você amplie o valor coberto pelo FGC. O FGC cobre até 1 milhão em instituições diferentes com o limite de 250 mil por instituição num período de 4 anos.
Como investir em LCA
Primeiramente, você precisa ter uma conta aberta em uma corretora ou banco de investimentos. Em seguida, você deve analisar seu perfil investidor para saber quais ativos combinam com o seu perfil.
Quando falamos de LCA vale avaliar rendimento, prazo de investimento, liquidez, além de avaliar o emissor.
Fazer tudo isso demanda um pouco de tempo e muita atenção. Nesse sentido, ter um Assessor de Investimentos pode facilitar sua tomada de decisão. Isso porque um Assessor está “respirando” o mercado todo dia, e tem um olhar mais treinado para identificar boas e más oportunidades. Um Assessor nunca vai decidir por você, apenas deve te mostrar opções, explicando riscos e vantagens para que você tome a melhor decisão! Para receber o contato de um assessor de investimentos, acesse este link!