O que são opções de ações

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By Paulo Faria

Devido à sua natureza mais complexa em comparação com o mercado de ações convencional, o mercado de opções de ações frequentemente suscita incertezas entre os investidores. Com o propósito de simplificar o entendimento, abordaremos o funcionamento do processo de aquisição e alienação, assim como as estratégias e riscos primordiais associados a esse tipo de transação.

O que é opções de ações?

As opções de ações representam o direito de adquirir ou alienar um ativo específico, denominado ativo-objeto, a um preço previamente estabelecido até uma data determinada. São consideradas derivativos, pois sua existência depende do desempenho de outro ativo. Essas transações ocorrem entre dois principais intervenientes: o comprador, conhecido como titular, e o vendedor, chamado de lançador, com o titular detendo os direitos e o lançador assumindo as obrigações.

O investidor adquire uma opção ao negociar seu valor na bolsa de valores, garantindo assim o direito de exercer a compra do ativo-objeto. Na data de vencimento, é possível encontrar diversos preços para o ativo-objeto, com cada preço correspondendo a uma série específica de opções

Para entender as noções basicas sobre opções de ações. Acesse aqui.

No mercado de opções de ações, predominam dois tipos básicos de opções: as de compra e as de venda.

Os investidores comumente empregam opções de compra quando antecipam uma valorização do ativo subjacente, enquanto preferem opções de venda em cenários de queda do mercado.

Como funciona o mercado de opções de ações?

Para aprimorar o entendimento, podemos estabelecer uma analogia com um aspecto mais familiar do cotidiano das pessoas: o mercado imobiliário. Este mercado compartilha algumas semelhanças com o mercado de opções, o que pode esclarecer sua compreensão. Imagine que você está em busca de um novo apartamento para residir.

Durante sua busca, você encontrou um imóvel que considera excepcional. Contudo, ainda não explorou todas as alternativas disponíveis e há muitos outros apartamentos a serem considerados. Embora tenha interesse em avaliar outras opções, você também não quer perder a oportunidade de adquirir o imóvel que julgou ser excepcional. Portanto, você se vê diante de um dilema significativo.

Contrato de opção: entenda como funcionam esses derivativos

Quando se depara com a decisão entre adquirir imediatamente um imóvel ou arriscar perder outras oportunidades, muitos enfrentam um dilema complexo. Contudo, imagine se houvesse uma maneira de garantir o direito de compra do imóvel desejado enquanto se explora outras alternativas – uma solução ideal, não é mesmo?

Através de um contrato de opção de compra, essa possibilidade se torna viável. Por exemplo, suponha que você tenha encontrado um imóvel excepcional por R$ 500 mil. Você pode concordar com o proprietário em pagar R$ 5 mil, através de um cheque-caução, pelo direito de adquirir o imóvel nos próximos 30 dias.

Dessa forma, você assegura o direito de compra enquanto continua a explorar outras opções, enquanto o proprietário se compromete a manter o imóvel disponível para você pelo preço e prazo estabelecidos no contrato.

É crucial lembrar que ao adquirir essa opção, você está garantindo o direito de compra, não a obrigação. Portanto, caso encontre outro imóvel que lhe interesse, poderá desistir da primeira opção, embora perca o valor do cheque-caução.

Conceitos básicos sobre o mercado de derivativos

Antes de prosseguirmos para uma análise mais detalhada das opções de compra e venda, é fundamental compreender alguns conceitos básicos sobre o mercado de derivativos. O domínio desses fundamentos é essencial para uma melhor compreensão da dinâmica das operações de opções. Portanto, apresentamos os seguintes componentes essenciais de uma transação de opção:

  • Ativo-objeto: Toda opção deriva de um ativo específico, conhecido como ativo-objeto, que pode ser uma commodity, uma ação, ouro, índice, entre outros.
  • Preço de exercício: Também chamado de preço-strike, corresponde ao valor do ativo-objeto associado à opção adquirida.
  • Titular ou comprador da opção: Este é o agente que compra a opção, adquirindo assim o direito de comprar ou vender o ativo-objeto até a data de vencimento.
  • Lançador ou vendedor da opção: O lançador é aquele que vende a opção e assume o compromisso de entregar o ativo-objeto caso o titular decida exercer seu direito.
  • Prêmio: Este é o preço da opção, determinado pela oferta e demanda do mercado. A variação do prêmio está diretamente relacionada à variação do ativo-objeto.
  • Data de vencimento: Representa o prazo final para exercer a opção, ou seja, trocar a opção pelo ativo-objeto. A data de vencimento varia conforme o mercado do ativo-objeto. Por exemplo, no mercado de ações, o vencimento ocorre toda terceira terça-feira de cada mês, enquanto nas opções sobre o Ibovespa, ocorre toda terceira quinta-feira de cada mês.

Tipos de opções de ações

Opções de compra

Tanto o comprador quanto o lançador podem abordar as opções, sendo mais comum a análise sob a perspectiva do comprador. No mercado brasileiro, as opções de compra (call) são predominantes, apresentando uma liquidez significativamente superior às opções de venda.

Ao adquirir uma opção de compra de uma ação, o investidor se torna o titular da opção, segundo o jargão do mercado. Em outras palavras, ele adquire o direito de comprar um ativo específico até uma data determinada.

Opção de compra pelo lado do titular

Para ilustrar, imagine que você tenha adquirido opções da Petrobras com vencimento em 3 meses. As ações estão sendo negociadas a R$ 15, e você obtém o direito de comprá-las a R$ 16,50 mediante o pagamento de um prêmio de R$ 0,50 ao vendedor da opção (lançador).

Mas por que você optaria por este tipo de contrato? A resposta é simples: você tem a convicção de que, daqui a 3 meses, as ações da Petrobras estarão cotadas acima de R$ 17. Assim, você lucrará ao adquiri-las por apenas R$16,50, enquanto desembolsa R$ 0,50 pelo direito.

Suponha que, no momento do vencimento, as ações da Petrobras estejam sendo negociadas a R$ 25. Nesse caso, seu lucro será considerável, pois investiu R$ 17 (R$ 0,50 do prêmio da opção e R$16,50 da compra do ativo) em um ativo que vale R$ 25. Seu lucro, portanto, seria de 25 / 17 = 1,47 = 47% de retorno, um resultado expressivo.

Agora, imagine que sua expectativa não se concretize e, no momento do vencimento do contrato, as ações da Petrobras estejam sendo negociadas a R$ 14. Nesse cenário, você optará por não exercer a opção de compra. Afinal, não faz sentido pagar R$ 16,50 por um ativo que vale R$ 14. Mesmo se desejar adquirir as ações da Petrobras ao final do contrato, será mais vantajoso comprá-las no mercado à vista por R$ 14 por ação. Portanto, nesse caso, seu prejuízo será de R$ 0,50, que é o valor pago pela opção.

Opção de compra pelo lançador

Conforme mencionado, as operações com opções também podem ser consideradas do ponto de vista do lançador. O lançador é aquele que oferece a opção, assumindo assim uma obrigação de compra ou venda. Em troca dessa obrigação, o lançador recebe uma compensação financeira, conhecida como “prêmio”.

No caso de uma opção de compra, o lançador tem a obrigação de vender o ativo-objeto ao titular da opção, caso este decida exercê-la. Portanto, o lançador pode obter lucro se a opção não for exercida. Para ilustrar essa situação, retomemos o exemplo anterior: você comprou opções de compra da Petrobras pagando R$ 0,50 com o direito de exercê-las por R$ 16,50. Do outro lado da transação, temos o lançador da opção, que acredita que, na data de vencimento do contrato, as ações da Petrobras estarão abaixo de R$ 16,50.

Assim, se as expectativas do lançador se confirmarem e você não exercer sua opção de compra, ele obterá o lucro do prêmio da opção, de R$ 0,50. No entanto, se a ação ultrapassar R$ 17 e você exercer seu direito, você o obrigará a vender a ação por esse preço, o que pode resultar em prejuízo para ele. Ele estará vendendo por R$ 16,50 um ativo que está sendo negociado por mais de R$ 17 no mercado e só recebeu R$ 0,50 como prêmio.

Esses exemplos evidenciam que, para o comprador de uma opção de compra, o prejuízo se limita ao valor do prêmio, enquanto o lucro é ilimitado, pois o preço das ações pode subir indefinidamente. Por outro lado, para o lançador da opção de compra, o lucro máximo é o valor do prêmio, e o prejuízo potencial é ilimitado.

Opções de venda

Ao adquirir uma opção de venda, também conhecida como opção put, o titular obtém o direito de vender um ativo específico em uma data futura por um preço pré-definido, mediante o pagamento de um valor denominado “prêmio”.

Mas por que alguém optaria por adquirir o direito de vender um ativo no futuro? A resposta é simples: isso ocorre quando se acredita que, no futuro, o ativo terá um valor inferior ao preço de venda estipulado no contrato.

Dessa forma, o titular pode vender o ativo por um preço acima de seu valor atual e lucrar com essa operação. Por exemplo, suponha que você seja proprietário de um imóvel em uma região altamente valorizada, avaliado atualmente em R$ 1 milhão. No entanto, existe o receio de que novas construções mais modernas ao redor possam depreciar o valor do seu apartamento no mercado.

Por essa razão, você firma um contrato de opção de venda, pagando um prêmio para estipular que, se desejar, poderá vender seu apartamento por R$ 1 milhão no futuro. Dessa forma, mesmo que o valor do seu imóvel caia para R$ 500 mil, ainda terá a opção de vendê-lo pelo preço estabelecido anteriormente de R$ 1 milhão.

Opção de venda pelo titular

Vamos considerar um cenário onde as ações da Vale estão sendo negociadas a R$ 30 no momento. Com base na sua previsão de uma iminente redução substancial desse valor devido a uma queda prevista no preço do minério de ferro, você busca uma forma de lucrar com essa situação utilizando opções de ações.

Ao invés de simplesmente se abster de comprar as ações da Vale, você decide utilizar o mecanismo das opções de ações para potencializar seus ganhos nesse contexto. No entanto, você opta por adquirir uma opção de venda da Vale, tornando-se o titular da opção.

Suponha que você adquira o direito de vender as ações por R$ 28 em 6 meses e pague um prêmio de R$ 1 por opção para adquirir esse direito. Se sua análise estiver correta e as ações da Vale realmente caírem, você poderá obter um lucro considerável.

Por exemplo, caso o valor das ações da Vale diminua para R$ 15, você terá a oportunidade de comprá-las no mercado à vista por esse preço e vendê-las por R$ 28, conforme estipulado em seu contrato de opção. Seu lucro, portanto, será de R$ 12 por ação, uma vez que seu investimento total foi de R$ 16 (R$ 15 para comprar a ação no mercado à vista e R$ 1 pelo prêmio da opção), resultando em uma receita de R$ 28 pela venda.

O prejuízo máximo nessa operação será limitado ao valor do prêmio que você pagou pela opção, ou seja, R$ 1. Se, na data de liquidação do contrato, o preço das ações da Vale estiver acima de R$ 28, você simplesmente optará por não exercer a opção, pois não seria vantajoso, e assim, seu investimento em opções se tornará sem valor.

Opção de venda pelo lançador

O lançador de uma opção de venda tem o objetivo de receber um prêmio e evitar o exercício da opção. Assim, ele pode obter o lucro do prêmio da opção sem a necessidade de investir capital próprio.

Muitas vezes, as pessoas optam por lançar opções de venda como parte de estratégias mais complexas envolvendo opções. Vamos explorar como funciona o lançamento de opções na primeira situação.

Voltando ao exemplo anterior, se você conseguiu adquirir o contrato de venda futura da Vale, significa que houve um lançador envolvido. Mas qual foi a intenção do lançador?

O lançador acredita que as ações da Vale estarão cotadas acima de R$ 28 em 6 meses. Portanto, o investidor espera não ser exercido, possibilitando assim obter um lucro de R$ 1 sem precisar investir capital próprio. No entanto, caso as ações da Vale estejam abaixo de R$ 28 e o lançador exerça o contrato, o investidor enfrentará prejuízos, pois terá o direito de vender e o lançador terá a obrigação de comprar.

Esses prejuízos podem ser consideráveis, pois as ações podem chegar a valer R$ 0 e, mesmo assim, o lançador ainda terá a obrigação de comprar por R$ 28, resultando em perdas substanciais.

Códigos das opções na B3

Sim, é possível determinar o mês de vencimento de uma opção observando o código atribuído a ela. O código é composto por cinco letras e dois números. No exemplo fornecido, “PETRG28”, os dois últimos caracteres, “G28”, indicam o mês de vencimento da opção. Nesse caso, o “G” representa a sétima letra do alfabeto, que corresponde ao sétimo mês do ano, ou seja, julho. Assim, a opção vence no mês de julho.

Nesse código, as quatro primeiras letras indicam informações sobre a ação (ativo-objeto). A quinta letra indica o mês de vencimento da opção, conforme especificado na tabela correspondente. Por fim, os números geralmente representam o valor de exercício (Strike) da opção.

Portanto, uma opção de compra com vencimento em julho, por exemplo, terá a letra G como quinta letra do código.

MÊS DE VENCIMENTOSÉRIE DA OPÇÃO DE COMPRASÉRIE DA OPÇÃO DE VENDA
(CALL)(PUT)
JaneiroAM
FevereiroBN
MarçoCO
AbrilDP
MaioEQ
JunhoFR
JulhoGS
AgostoHT
SetembroIU
OutubroJV
NovembroKW
DezembroLX

Estratégias para operar Opções de ações

Normalmente, os gestores ou investidores individuais optam por realizar operações de opções de ações por dois motivos principais: proteger sua carteira de investimentos (hedge) ou buscar oportunidades de especulação financeira.

Ao decidir alavancar seus investimentos por meio da especulação, o investidor se depara com uma variedade de possibilidades à sua disposição.

estratégias de opções.

Venda Coberta

Opções de Ações

Investidores iniciantes no mercado de opções a utilizam amplamente. Para implementá-la, o investidor possui uma carteira de ações do ativo subjacente e vende a mesma quantidade de opções de compra.

Exemplo:

  • O investidor adquire 1000 ações da empresa XYZ por R$ 5,00 cada.
  • No mesmo dia, ele lança as ações em um contrato de opção de compra (call) com um preço de exercício de R$ 7,00 por ação. O prêmio da opção é definido em R$ 0,50 por ação.

Ações se valorizando acima de R$ 7,00:

  • A opção é exercida conforme o valor previamente estabelecido.
  • O investidor obtém lucro equivalente ao valor do prêmio, que neste caso é de R$ 500,00.

Ações cotadas abaixo do preço de exercício no dia do vencimento:

  • O comprador da opção opta por não exercer seu direito.
  • O vendedor (lançador) não precisa entregar o ativo subjacente.

Lucro e Risco:

  • Na estratégia de venda coberta, o lucro é limitado ao valor do prêmio.
  • O risco pode ser gerenciado de forma eficaz.

Straddle

O que é straddle e como funciona a operação com opções nas duas pontas

O straddle é uma estratégia na qual o investidor adquire duas opções (compra e venda) com o mesmo preço de exercício e data de vencimento. O lucro decorre da diferença entre o preço da ação no vencimento e o preço de exercício da opção.

Como essa é uma estratégia em ambas as direções, ainda assim não importa se o preço da ação estiver acima ou abaixo do preço de exercício. Em ambos os cenários, o investidor terá lucro – contanto que o preço esteja suficientemente distante do preço de exercício.

Portanto, quanto mais distante o preço de fechamento da ação estiver do preço de exercício, tanto para cima quanto para baixo, maior será o potencial de lucro para o investidor nesse tipo de operação.

Trava de Baixa

O investidor implementa uma estratégia de trava de baixa em opções para lucrar com a queda do preço de um ativo. Para isso, ele realiza duas operações simultâneas:

  1. Compra uma opção de venda a um determinado preço de exercício (strike).
  2. Vende outra opção de venda com o mesmo vencimento, mas com um preço de exercício inferior.

Ambas as opções têm a mesma quantidade. O investidor limita o lucro máximo da estratégia ao prêmio líquido recebido na venda da opção de venda. Ele também limita o risco ao spread entre os preços de exercício das opções.

Segue o procedimento:

Expectativa de declínio:

  • Você identifica um ativo cotado a R$ 20 e prevê um declínio em seu preço.

Montagem da estratégia:

  • Você vende uma opção de compra com strike de R$ 20 e recebe um prêmio de R$ 2,50.
  • Simultaneamente, você compra uma opção de compra com strike de R$ 22 e paga um prêmio de R$ 1.

Possíveis resultados:

1. Ativo abaixo de R$ 20 no vencimento:

  • Nenhuma das opções será exercida.
  • Seu lucro será a diferença entre os prêmios de compra e venda, ou seja, R$ 1,50 por ação.

2. Ativo entre R$ 20 e R$ 22 no vencimento:

  • Você exercerá apenas a opção de compra com strike de R$ 20.
  • O resultado da operação será a diferença entre o preço de exercício (R$ 20) e o preço à vista do ativo, mais o saldo obtido na montagem da operação (R$ 1,50).

3. Ativo acima de R$ 22 no vencimento:

  • Ambas as opções serão exercidas.
  • Você terá um prejuízo de R$ 1,50 por ação.

Venda a Descoberto

A venda a descoberto é uma estratégia de alto risco, pois o lançador da opção vende o contrato sem possuir as ações correspondentes à operação.

O funcionamento é o seguinte: o titular da opção exercerá o contrato se isso for vantajoso para ele financeiramente. Isso ocorre quando o preço do ativo subjacente no mercado excede o preço de exercício da opção.

O lançador é obrigado a comprar o ativo no mercado e entregar ao titular da opção, recebendo em troca um valor inferior ao que pagou.

Quando a diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício excede o prêmio recebido, o lançador incorre em prejuízo, e esse prejuízo aumenta à medida que o preço de mercado se valoriza.

Borboleta

Opções de ações

A estratégia da borboleta avança mais, mas ainda assim oferece maneiras de limitar o risco do investidor, considerando a volatilidade do mercado. Os investidores podem executá-la usando apenas opções de compra, apenas opções de venda ou uma combinação de ambas. Além disso, eles podem implementar a borboleta como uma estratégia de alta ou de baixa.

Para entender, vamos resumir o funcionamento da borboleta de alta. Nessa estratégia, o investidor compra uma opção com um preço de exercício (strike) X, simultaneamente vende duas opções com um strike Y e compra uma opção com um strike Z, onde Z > Y > X, com as diferenças entre os strikes simétricas. O valor máximo de ganho é encontrado exatamente no strike do centro, ou seja, em Y.

Como pode ser observado, essa estratégia requer um estudo aprofundado para evitar erros decorrentes da falta de conhecimento.

Strangle

Strangle é a compra de duas opções – uma opção de compra e uma opção de venda – com mesmo vencimento, e preços de exercício diferentes. Ainda assim os investidores podem realizar essas operações comprando simultaneamente as duas opções (forma long) ou vendendo simultaneamente as duas opções (forma short).


Ao montar o strangle, o investidor compra uma put com um preço de exercício “A” e simultaneamente compra uma call com um preço de exercício superior a “A”, ambos com o mesmo vencimento. O investidor pode implementar essa estratégia tanto estando comprado quanto estando vendido.

Riscos no Mercado de Opções de ações

Investidores especuladores frequentemente veem o mercado de opções de ações como uma oportunidade tentadora devido ao seu potencial de altos ganhos. No entanto, essa atratividade pode iludir, especialmente os iniciantes nesse mercado.

É crucial que o investidor compreenda o que está envolvido. Para isso, é necessário um estudo aprofundado para desvendar a complexidade do mercado de derivativos. Na análise, o investidor deve estar ciente de todos os riscos envolvidos:

  • Volatilidade extrema: As opções podem gerar lucros substanciais, mas também podem gerar prejuízos significativosRisco e retorno estão diretamente correlacionados.
  • Perdas significativas: Há a possibilidade real de incorrer em grandes perdas com opçõesNão recomendamos para investidores inexperientes.
  • Data de vencimento: Se o investidor não exercer seu direito sobre as ações-objeto, ele perderá o valor pago pelo prêmio.

Riscos para os agentes envolvidos:

  • Titular (comprador da opção): Risco limitado ao valor do prêmio pago.
  • Lançador (vendedor da opção): Risco ilimitadoPode ser obrigado a entregar o ativo-objeto pelo preço estabelecido no contrato, independentemente do preço de mercado.

Proteção da carteira (hedge):

O mercado de opções pode oferecer uma solução viável para proteger a carteira contra grandes oscilações. Nesse caso, os riscos são menores, proporcionando segurança ao investidor.

Operar opções de ações é investir?

Quando se trata de investimentos, é fundamental ter em mente o horizonte de longo prazo, caracterizado por uma abordagem constante e considerando o fator tempo. No entanto este é um dos elementos-chave para alcançar o sucesso nos investimentos.

A negociação de opções, por outro lado, é uma estratégia de curto prazo que oferece uma abordagem diferente para os investidores. Ela pode ser vista como um mecanismo para proteger contra possíveis perdas no mercado de ações.

Além disso, as opções podem ser usadas para alavancar o capital do investidor sem a necessidade de grandes aportes de recursos. Isso se deve ao fato de que o valor do prêmio das opções tende a ser relativamente baixo em comparação com o custo de adquirir ações.

Na Vértua, enfatizamos a importância de os investidores de longo prazo concentrarem seus esforços principalmente na aquisição de ações de empresas sólidas. Além disso, é crucial que os investidores busquem acumular esses ativos ao longo do tempo.

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