Em votação acirrada na reunião do COPOM, a Selic vai a 13,25%. O que esperar para o futuro?
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros (SELIC) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. A tomada de decisão ocorreu por cinco votos a favor e quatro contra, sendo o voto de desempate do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A última redução na Selic ocorreu em agosto de 2020. Desde então, a taxa elevou-se em oito ocasiões, até chegar ao nível atual. A decisão de reduzir a taxa foi tomada em função da melhora do quadro inflacionário. A inflação dos últimos 12 meses caiu para 3,16%, abaixo da meta de 3,5%.
O Copom também considerou a expectativa de inflação para os próximos anos. A expectativa do comitê é que a inflação fique em torno de 4,9% em 2023, 3,4% em 2024 e 3,0% em 2025.
O Comitê de política monetária reforçou a necessidade de acompanhar os próximos dados para avaliar o impacto da redução da taxa básica de juros na inflação como a ancoragem das expectativas na meta de inflação. O comitê também monitora as políticas monetárias contracionistas dos Estados Unidos e da Europa para nortear seus próximos passos.
Comunicado do COPOM sobre
“O Copom avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,50%, mas considerou ser apropriado adotar ritmo de queda de 0,50 ponto percentual nesta reunião em função da melhora do quadro inflacionário, reforçando, no entanto, o firme objetivo de manter uma política monetária contracionista para a reancoragem das expectativas e a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante. A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”, diz o comunicado do Banco Central.
A decisão do Copom deve ajudar a estimular a economia brasileira. A redução da taxa básica de juros torna o crédito mais barato, o que deve incentivar as pessoas a consumir e investir.
O que muda nos investimentos nos investimentos?
Com a queda da taxa básica de juros brasileira, há mudanças significativas nos investimentos. Alguns produtos do mercado financeiro se tornam mais atrativos, enquanto outros perdem rentabilidade. Atualmente, os investimentos em renda variável, como ações e fundos imobiliários, tornam-se mais interessantes, assim como os produtos de renda fixa atrelados a uma taxa fixa, como os títulos pré-fixados.
No entanto, os títulos vinculados à taxa básica de juros (Selic) ou produtos indexados ao CDI, também conhecidos como pós-fixados, sofrem com uma diminuição em sua rentabilidade. Se você deseja saber mais sobre o assunto e aprender como se proteger da queda da Selic, nossos especialistas em investimentos estão disponíveis para ajudá-lo. FALE COM ASSESSOR
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