Radar Semanal de Ações – 04/12/2023

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By Márcio Miranda

Análise Detalhada dos Resultados das Empresas da Bolsa no Radar Semanal de Ações.

Na semana passada, algumas notícias impactaram o mercado acionário brasileiro.

Petrobras (PETR4):

A assembleia da estatal aprovou na semana passada o novo estatuto, com o retorno das indicações políticas para cargos executivos. A medida foi aprovada pela maioria dos acionistas, mas aguardará uma decisão definitiva do TCU (Tribunal de Contas da União), que está questionando essa alteração por eventuais conflitos de interesse.

Além disso, a empresa foi ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para desfazer alguns termos firmados pela gestão anterior relacionados às vendas de ativos nas áreas de refino de petróleo, transporte e distribuição de gás natural.

Vibra (VBBR3):

A distribuidora de combustíveis e lubrificantes, antiga BR Distribuidora, rejeitou uma proposta de combinação de negócios com a petroleira Eneva (ENEV3). A ideia era criar uma empresa única com participação igualitária das duas companhias, com 50% para cada uma. A Eneva tentou convencer a Vibra de que isso resultaria na maior distribuidora de combustíveis do Brasil, maior plataforma de geração termelétrica e terceira maior empresa de energia listada na bolsa. Com a notícia, as ações da Vibra fecharam a semana passada com alta de 5,97%.

Braskem (BRKM5):

As ações da petroquímica Braskem (BRKM5) despencaram na semana passada, cerca de 12,09%, depois que o Ministério Público Federal conseguiu uma liminar que amplia as áreas de risco afetadas pela empresa em Maceió. Os problemas causados pelas minas antigas de sal-gema da Braskem começaram em março de 2018, quando um tremor de terra danificou ruas e casas em 5 bairros, obrigando 55 mil pessoas a abandonarem as casas. Na última semana, novos tremores foram sentidos no bairro Mutange, e a prefeitura declarou estado de emergência devido aos riscos de o solo ceder. Com as novas áreas incluídas pelo Ministério Público no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação das Famílias, o processo contra a Braskem passará de R$ 1 bilhão.

Bradesco (BBDC4):

Na semana passada, a companhia viu dois executivos deixarem os cargos. O vice-presidente Eurico Fabri pediu para sair por razões pessoais, e a diretora executiva Walkiria Schirrmeister renunciou com o pedido de antecipação de aposentadoria.

PetroRecôncavo (RECV3):

Depois de 15 anos, o presidente da companhia, Marcelo Campos Magalhães, pediu para sair para se dedicar a assuntos pessoais. No lugar dele, assumirá o executivo José Maria de Melo Firmo, que tem mais de 30 anos de experiência na indústria do Petróleo. Na semana passada, as ações da empresa subiram 5,74%.

Casas Bahia (BHIA3):

A antiga Via Varejo aprovou um grupamento de ações ordinárias na proporção 25:1. A partir do dia 28 de dezembro, o total de ações cairá dos atuais 2,3 bilhões para 95 milhões, sem nenhuma mudança no capital social.

Randocorp (RAPT4):

A fabricante de reboques e semirreboques Randocorp anunciou o desenvolvimento de uma nova tecnologia aplicada a veículos autônomos de transporte e movimentação de carga.

Eletrobras (ELET6):

A companhia votará no dia 29 de dezembro a proposta de incorporação de Furnas à empresa. A ideia de trazer a subsidiária para a estrutura da Eletrobras faz parte do plano que busca enxugar custos e aumentar a eficiência das operações.

Banco BMG (BMGB4):

A instituição desmentiu a notícia de que a família Pentagna Guimarães, que controla o banco, estaria se preparando para sair da bolsa de valores. Com o resultado da notícia, o BMG fechou a semana passada com queda de 2,19%.

B3 (B3SA3):

A dona da bolsa de valores divulgou a primeira prévia da carteira do Ibovespa para o quadrimestre de janeiro a abril de 2024. Na nova composição do Ibovespa, entra a companhia elétrica ISA Cteep, a Transmissão Paulista (TRPL4), e sai a varejista Casas Bahia (BHIA3). Dessa forma, o índice continuará como está, com 86 ações de 83 empresas.

GetNinjas (NINJ3):

A plataforma de serviços aprovou a destituição do fundador e presidente da empresa, Eduardo L’Hotellier. O diretor financeiro Lucas Vilas Boas Arruda também foi destituído do cargo pelo conselho de administração, que foi renovado recentemente a pedido da Reag Investimentos, nova controladora da GetNinjas.


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