Confira nosso Radar Semanal de Ações e veja como está o cenário das ações de destaque no mercado.
Hoje, 16/10, viemos trazer os principais destaques do nosso Radar Semanal de Ações! Veja abaixo
Petrobras (PETR4):
A empresa planeja recorrer de uma decisão do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) após perder um processo de R$ 6,5 bilhões relacionado ao pagamento de débitos fiscais de suas empresas controladas no exterior. A mudança na lei ocorreu com a aprovação da Lei 14.689/23 no final de setembro, deslocando o viés de decisões a favor das empresas contribuintes. Essa alteração visa gerar um ganho anual de quase R$ 60 bilhões para o governo. No entanto, na semana anterior, as ações da Petrobras tiveram um aumento notável devido ao aumento do preço do barril de petróleo, que subiu 10,64%, encerrando a semana a R$ 36,28.
Eletrobrás (ELET6):
A empresa está se preparando para se desfazer de parte de sua participação na transmissora de energia ISA Cteep (TRPL4). A Eletrobrás detém 35% do capital social dessa empresa de transmissão, mas ainda não decidiu a modalidade da venda. Essa ação faz parte da estratégia de se desfazer de participações minoritárias e incorporar outras empresas, como Furnas e Eletronorte. Com essa notícia, as ações da Eletrobrás encerraram a semana com um aumento de 4,42%, atingindo o valor de R$ 39,63.
Americanas (AMER3):
A empresa, que está sob recuperação judicial desde janeiro deste ano devido a um escândalo fiscal, revelou uma proposta para liquidar suas dívidas. Os acionistas majoritários planejam fazer um aporte total de R$ 12 bilhões e obter um empréstimo de R$ 1,9 bilhão para pagar seus credores prioritários. Além disso, R$ 8,7 bilhões dos recursos levantados serão usados para antecipar o pagamento de dívidas com desconto. A dívida total da empresa ultrapassou os R$ 50 bilhões, conforme os últimos dados de maio de 2023.
Oncoclínicas (ONCO3):
A empresa alugou um imóvel em São Paulo, onde construirá o primeiro “Câncer Center”. Essa operação foi realizada em parceria com um fundo imobiliário que construirá o edifício e o alugará por um período de 30 anos. A Oncoclínicas investirá um total de R$ 30 milhões nesse projeto, que incluirá um parque de diagnósticos por imagem, pronto-socorro, centro clínico e 20 salas para cirurgias de alta complexidade. As operações devem começar em 2026.
Azul (AZUL4):
As ações da empresa fecharam a semana de forma positiva após a divulgação de resultados positivos referentes ao terceiro trimestre. Entre julho e setembro, o tráfego de passageiros aumentou 12%, e a taxa de ocupação dos voos subiu para 82%.
Camil (CAML3):
A empresa divulgou os resultados do segundo trimestre de 2023, com um aumento na receita totalizando R$ 2,9 bilhões. No entanto, o lucro líquido da empresa caiu 50%, passando de R$ 94 milhões para R$ 47 milhões.
B3 (B3SA3):
Em setembro, a empresa registrou uma queda anual de 21% no volume financeiro médio negociado em ações, com o valor diário caindo de R$ 29 bilhões para R$ 23 bilhões. No entanto, a receita média por contrato (RPC) aumentou para R$ 0,95, com um aumento de 8,8% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de investidores pessoa física cresceu 6% e agora totaliza 4,8 milhões de CPFs na Bolsa de Valores.
OI (OIBR3):
A empresa recebeu um ofício da B3 questionando o fato de suas ações continuarem a ser negociadas por menos de R$ 1,00. A companhia explicou que enfrenta dificuldades devido ao processo de recuperação judicial e que, neste momento, não é viável realizar um novo grupamento de ações para que os papéis voltem a ser negociados acima de R$ 1,00.
Enauta (ENAT3):
A produção da empresa caiu 87% em setembro, atingindo um total de 40 mil barris de óleo por dia. Essa queda significativa se deve à paralisação do Campo de Atlanta, na bacia de Santos, para a troca de componentes elétricos. No entanto, as ações da empresa subiram 10,88% na semana, encerrando a semana a R$ 17,88.
Vamos (VAMO3):
A empresa de locação de caminhões e máquinas pesadas aprovou um programa de recompra de ações. A ideia é comprar até 34 milhões de ações ordinárias, o que representa 8% do total de ações disponíveis em circulação. O programa terá duração de 18 meses e terminará em março de 2025.
GetNinjas (NINJ3):
Após anunciar a devolução de parte do dinheiro investido pelos acionistas por meio da recompra de ações, a empresa pode sair da Bolsa de Valores. A gestora de ativos Reag atingiu uma participação de 25% das ações, o que obriga a empresa a realizar uma oferta pública de aquisição (OPA). A empresa fez sua abertura de capital (IPO) no início de 2021 e enfrentou uma queda de cerca de 75% no preço de suas ações desde então.
Cenário Internacional:
Nos Estados Unidos, começou a temporada de balanços do terceiro trimestre de 2023 das principais empresas.
Citigroup (NYSE: C):
A empresa americana lucrou US$ 3,5 bilhões, registrando um aumento de 2% em relação ao ano anterior, contrariando as expectativas do mercado, que previam uma queda de 22%. A receita alcançou US$ 20 bilhões.
Wells Fargo (NYSE: WFC):
A companhia reportou um lucro de US$ 20 bilhões, com resultados impressionantes de US$ 5,7 bilhões, um aumento de 60% em relação aos US$ 3,6 bilhões do terceiro trimestre de 2022.
JPMorgan Chase (NYSE: JPM):
O banco teve uma receita total de US$ 40 bilhões e um lucro de US$ 13 bilhões, registrando um aumento de 35% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Esses resultados acima das expectativas são atribuídos ao cenário de juros altos e às provisões para inadimplência que não subiram como esperado, embora as linhas de receita, como os investimentos, tenham diminuído consideravelmente.
Radar Econômico:
A semana começa com incertezas devido ao aumento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que estão começando a afetar as projeções para o movimento do Ibovespa, o índice das 90 principais empresas negociadas na Bolsa de Valores Brasileira. Além disso, o conflito entre Israel e os terroristas do Hamas já causou a morte de centenas de pessoas e está pressionando o preço do barril de petróleo para US$ 90. Com esses eventos, existe a possibilidade de políticas monetárias restritivas por mais tempo do que o inicialmente previsto.
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