S&P500 – Como investir e o que são os ETF’s

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By Márcio Miranda

Saiba tudo sobre o índice S&P500 e como investir em ETFs.

O S&P500 é um dos principais índices do mundo, juntamente com o Dow Jones e o Nasdaq. Ele foi criado em 1957 pela Standard & Poor’s Dow Jones com o objetivo de representar a variação da maior economia do mundo. O índice é composto pelas 500 maiores empresas dos EUA em termos de capitalização de mercado, incluindo empresas Large Caps. Essas empresas representam cerca de 80% do valor total do mercado acionário dos EUA.

Como uma empresa entra no S&P500

Para integrar o S&P 500, uma empresa precisa atender a vários requisitos. Entre eles estão

  • Operar nos Estados Unidos da América;
  • Ter um valor de mercado mínimo de US$ 6,1 bilhões;
  • Disponibilizar pelo menos 50% de suas ações ao público (Free Float de 50%);
  • Ter pelo menos 50% de seus ativos e receitas nos EUA
  • Apresentar resultados positivos no último trimestre, bem como nos quatro trimestres anteriores.

No entanto, é importante lembrar que a Standard & Poor’s Dow Jones adota uma política de evitar mudanças frequentes na composição do índice. Isso significa que uma empresa pode permanecer no S&P 500 mesmo que temporariamente deixe de cumprir alguns dos requisitos. Além disso, quaisquer mudanças na composição do índice são determinadas pelo comitê independente da Standard & Poor’s Dow Jones, que se reúne trimestralmente nos meses de março, junho, setembro e dezembro para realizar avaliações e atualizações necessárias.

As 500 empresas que compõem o S&P 500 não possuem a mesma relevância, sendo que uma empresa com maior capitalização de mercado tende a ter maior representatividade do que uma com menor capitalização. Entre as empresas que fazem parte do S&P 500, podemos citar a Apple, Microsoft, Amazon, Google ou Alphabet, Tesla, Berkshire Hathaway, UnitedHealth Group, Johnson & Johnson, Nvidia e Meta, anteriormente conhecido como Facebook. 

Divisão setorial no S&P500

O índice pode se dividir em setores, sendo que o setor de tecnologia da informação é o mais relevante, seguido pelas companhias de saúde, comunicação, finanças, indústrias e alimentos.

Para fins de comparação, vale destacar que o número de empresas presentes no S&P 500 é maior do que o total de empresas listadas na bolsa brasileira. Além disso, a Apple, atualmente a maior empresa em capitalização de mercado nos EUA (US$ 2,3 trilhões em dezembro de 2022), tem um valor de mercado três vezes maior do que o valor total do Ibovespa.

Como investir no S&P 500?

Para investir no S&P 500, é possível replicar o índice por meio de ETFs ou fundos de índices. Na bolsa brasileira, alguns dos principais ETFs que seguem o S&P 500 são IVVB11 e SPXB11, administrados pela BlackRock e pelo Banco BTG Pactual, respectivamente. Caso queira entender mais sobre o S&P500 fale com um Assessor de Investimentos do nosso time clicando aqui.

Os ETFs permitem a diversificação do patrimônio em setores e empresas e são uma opção para investidores não residentes nos EUA que buscam investir em outro país. Além disso, o S&P 500 é utilizado como parâmetro para o desempenho de fundos ativos, que buscam superá-lo, mas a maioria não consegue.

O que são os ETFs?

Os ETFs ou fundos de índices são fundos que são geridos e administrados com base em um indicador de referência, como o S&P 500. Os gestores desses fundos ajustam a sua composição com o objetivo de replicar o desempenho do benchmark. 

Existem atualmente ETFs que replicam diversos índices, incluindo fundos de ações, índices setoriais, índices de sustentabilidade e diversas classes de ativos, como moedas, criptomoedas e renda fixa. 

É importante observar, no entanto, que os gestores desses fundos passivos podem enfrentar dificuldades em caso de mudanças significativas ou falta de liquidez no mercado. Por isso, é fundamental escolher fundos bem consolidados e administrados por grandes corporações.

Vantagens dos ETFs

As vantagens dos ETFs incluem suas baixas taxas, uma vez que sua gestão ocorre de forma passiva. Portanto, suas despesas são menores em comparação aos fundos que buscam superar um certo indicador. Além disso, as negociações dos ETFs podem acontecer em lotes únicos. Assim, você pode ser exposto a um índice de sua preferência com apenas uma cota.

No entanto, é importante estar ciente da tributação dos ETFs, que é semelhante à compra e venda de ações. Além das taxas de administração e corretagem, os ETFs estão sujeitos à incidência da alíquota de 15% do Imposto de Renda sobre ganhos de capital, exceto para fundos que replicam os FII (fundos de investimento imobiliário), que possuem uma alíquota única de 20%. 

Vale também destacar que a responsabilidade pelo recolhimento do imposto de renda é exclusiva do investidor. Ele mesmo deve calcular e realizar o pagamento através do Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF) até o último dia útil do mês subsequente à operação de venda.

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