Taxa Selic é Reduzida para 10,75%

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By Paulo Faria

O Banco Central (BC) do Brasil, em uma decisão unânime. Taxa Selic é reduzaida em 0,50 ponto percentual, passando de 11,25% para 10,75% ao ano. Última vez que esteve em 10,75% foi em março de 2022, é o menor nível desde então

A decisão está alinhada com as expectativas do mercado, analistas prevendo uma redução da taxa de juros para 10,75%. Contudo o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a necessidade de manter uma política monetária contracionista até que o processo de desinflação seja consolidado e as expectativas estejam ancoradas em suas metas.

O BC também destacou que a inflação ao consumidor, como esperado, manteve uma trajetória de desinflação. Ainda assim as medidas de inflação subjacente estão se aproximando da meta para a inflação nas divulgações mais recentes. Além disso as projeções de inflação do Copom para 2024 e 2025 são de 3,5% e 3,2%, respectivamente. As projeções para a inflação de preços administrados são de 4,2% em 2024 e 3,8% em 2025.

Análise das Atualizações do Comitê e Suas Implicações Econômicas

Nesta quarta-feira (15), o Copom emitiu um comunicado apresentando uma mudança significativa: eles decidiram manter a indicação de corte da Selic na mesma magnitude apenas para a próxima reunião, em maio. No entanto as reuniões anteriores, que sugeriram cortes para as próximas reuniões, a sinalização agora é mais cautelosa.

Essa adaptação era amplamente esperada pelos mercados e economistas. O cenário-base do Copom permaneceu relativamente estável, mas a incerteza aumentou, o que levou o Comitê a buscar maior flexibilidade na condução da política monetária.

Em comunicado, o Copom afirma que, caso o cenário esperado se confirme, prevê uma redução da Selic de mesma magnitude na próxima reunião. A decisão foi unânime entre os membros do Comitê.

O Copom considera que esta é a abordagem apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para sustentar o processo de desinflação.

No entanto as projeções de inflação do Copom no cenário de referência estão em 3,5% para 2024 e 3,2% para 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 4,4% em 2024 e 3,9% em 2025.

O balanço de riscos permaneceu equilibrado. Ainda assim, mencionaram-se os fatores de risco de alta para a inflação, incluindo uma possível persistência das pressões inflacionárias globais e uma resistência maior na inflação de serviços em comparação com as projeções. No entanto os riscos de baixa, destacaram-se uma desaceleração da atividade econômica global mais pronunciada do que o previsto e os impactos de um aperto monetário coordenado que poderiam fortalecer a desinflação global além do esperado.

O Copom avalia que as conjunturas doméstica e internacional estão mais incertas, exigindo cautela na condução da política monetária.


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