Segurança, Rentabilidade e Liquidez: Conheça o Tripé dos Investimentos

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By Paulo Faria

Como montar uma carteira de sucesso usando o Tripé dos Investimentos a seu favor e de forma prática

Investir não é uma tarefa fácil, ainda mais sem conhecer os princípios básicos dos investimentos e regras simples que fazem toda a diferença na hora de montar uma carteira. Para te ajudar a ter sucesso nessa jornada é importantíssimo conhecer o Tripé dos Investimentos.

O que é o Tripé dos Investimentos

O Tripé dos Investimentos nada mais é do que a união de três pilares fundamentais de todo investimento, que são:

  • Rentabilidade
  • Segurança
  • Liquidez

Esses pilares são a base para orientar as escolhas dos seus aportes no mundo dos investimentos, balancear e rebalancear sua carteira, a fim de tornar suas decisões mais assertivas.

Quando pensamos em investimentos é natural olhar para a rentabilidade como fator primordial na escolha, porém se olhar apenas para esse fator você pode fazer escolhas ruins, e ao invés de gerar ganhos, pode ter prejuízos.

Ao fazer a escolha por um investimento deve-se olhar para os 3 pilares, porém você só poderá escolher no máximo 2. Isso porque não existe investimento que seja rentável, seguro e com alta liquidez ao mesmo tempo.

Em outras palavras: você poderá ter um investimento que seja rentável e seguro; ou rentável e com liquidez; ou seguro e com liquidez.

Rentabilidade

Em suma, rentabilidade nos investimentos é o retorno ou ganho financeiro que você obtém com aquele investimento. 

Ela tem uma correlação direta com riscos maiores e/ou menor liquidez. Ou seja, quanto maior o risco e/ou menor a liquidez, maior tende a ser a rentabilidade do investimento.

Existem diversas formas de se calcular a rentabilidade, e essa escolha do método depende do contexto e das características do investimento. Veja a seguir as principais forma de se medir a rentabilidade:

  • Retorno bruto: É o ganho total que se tem com um investimento antes de algum desconto, como por exemplo, Imposto de Renda. Ou seja, ele representa o valor absoluto dos lucros que aquele investimento gera.
  • Retorno líquido: Esse tipo considera as deduções, e entrega uma visão mais realista dos ganhos efetivos que aquele investimento gerou.
  • Retorno real: Leva em consideração os efeitos da inflação no poder de compra do capital investido. Esse cálculo ajusta a rentabilidade bruta pela taxa de inflação, o que proporciona uma avaliação mais exata do crescimento do investimento em termos reais.

Rentabilidade é um fator chave na tomada de decisão por um investimento em detrimento a outro. Porém, vale lembrar que, como já dissemos acima, a rentabilidade acompanha riscos. Isso quer dizer que maiores rentabilidades podem trazer maiores riscos, e é preciso alinhar esse fator ao perfil investidor para fazer boas escolhas.

Liquidez

Liquidez está conectada à facilidade e rapidez com que você consegue converter um investimento em dinheiro, ou seja, é a velocidade com que você consegue comprar ou vender um ativo.

No mundo dos investimentos existem dois tipos de Liquidez: a alta e a baixa

  • Alta Liquidez: se um ativo tem alta liquidez isso quer dizer que ele tem uma alta capacidade de compra e venda no mercado. Exemplos: ações de grandes empresas, títulos do governo que tem sua negociação no mercado secundário e até alguns fundos de investimento.
  • Baixa liquidez: são ativos mais difíceis de serem vendidos ou que podem não ter um mercado ativo, e até mesmo que levem mais tempo para vender. Um exemplo clássico são os imóveis, que vemos como um bom investimento, mas que por sua demora na negociação, considera-se um investimento de baixa liquidez.

Inicialmente pode não parecer, mas a liquidez também possui uma correlação com o risco. De forma prática, investimentos com alta liquidez possuem riscos menores, já que podem ser facilmente vendidos sem grandes alterações em seus preços. Já investimentos de menor liquidez podem ter maiores riscos, pois podem ser mais difíceis de vender em momentos específicos, sem contar o risco de crédito.

Segurança

A segurança, de forma até um pouco mais óbvia, tem a ver com o tamanho do risco que você corre ao escolher aquele determinado ativo para investir. 

De forma prática, ativos de Renda Fixa tendem a ter maior segurança. Entre os ativos mais seguros você encontra Títulos Públicos, CDB, CRI, CRA, LCI, LCA, entre outros. Já os ativos de Renda Variável possuem menor segurança. Ativos mais comuns em renda variável são as Ações, Fundos Imobiliários e Fundos de Investimento

Os principais tipos de riscos que você corre são o Risco de Mercado, Risco de Crédito e Risco de Liquidez. Para entender melhor sobre cada um deles.

Usando o Tripé dos Investimentos a seu favor

Como disse anteriormente, é praticamente impossível encontrar um investimento que alie alta rentabilidade, segurança e liquidez. Por isso, você precisa equacionar os três, “aumentando” um e “diminuindo” outro. 

Para te auxiliar na hora de fazer essa “equação” é fundamental conhecer o seu próprio perfil investidor. Isso porque é ele que vai dizer como é sua tolerância ao risco. 

Veja abaixo:

  • Perfil conservador – priorizam segurança, resultando em uma carteira com mais segurança e mais liquidez. Por outro lado, tem menor rentabilidade. 
  • Perfil moderado – buscam o equilíbrio entre rentabilidade, segurança e liquidez, ajustando conforme seus objetivos. Normalmente mesclam ativos de Renda Fixa e Variável. 
  • Perfil arrojado – com alto apetite ao risco, podem alocar parte da carteira em investimentos menos líquidos, mais rentáveis e com um nível de segurança mais baixo. 

A forma mais eficiente de usar o tripé dos investimentos é com o auxílio de um Assessor de Investimentos. Esse profissional respira o mercado financeiro todos os dias, conhece as oportunidades e pode te apresentar ativos que façam sentido a seu perfil e que tragam boas combinações entre os 3 elementos do tripé. 

Assim você consegue fazer boas escolhas, monta uma carteira diversificada e também tem maiores chances de aliar rentabilidade, liquidez e segurança!