Comércio: vendas no varejo brasileiro diminuíram 0,2%

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By Paulo Faria

De acordo com o IBGE, em Agosto desse ano, as vendas no Varejo recuaram 0,2%. Veja mais informações aqui!

Como relatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no Varejo recuaram 0,2%. Surpreendentemente, essa queda foi menos acentuada do que se previa, visto que as expectativas da Refinitiv apontavam para uma queda de 0,7% no mesmo período. Em relação a agosto de 2022, houve um aumento de 2,3% nas vendas.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, teve uma redução de 1,3% em comparação com julho, após uma variação de -0,4% em julho de 2023.

Essa variação pode ser vista como um período de estabilidade. Com exceção de março, que teve um aumento de 0,7%, maio, que registrou uma queda de 0,6%, e julho, com um aumento de 0,7%, a maioria dos meses mostrou variações próximas a zero. Portanto, podemos considerar que quatro meses foram de estabilidade e três de volatilidade baixa. Em agosto, a situação permaneceu estável, após um pequeno aumento de 0,7% em julho.

A explicação para o crescimento limitado do comércio varejista em 2023 envolve diversos fatores, incluindo diferenças significativas entre setores. Alguns setores tiveram consistentemente desempenho negativo, enquanto outros demonstraram crescimento. Entre os setores com taxas negativas, destacam-se “Outros artigos de uso pessoal e doméstico” (-4,8%), “Livros, jornais, revistas e papelaria” (-3,2%), “Móveis e eletrodomésticos” (-2,2%) e “Tecidos, vestuário e calçados” (-0,4%). Por outro lado, setores como “Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” (0,9%) e “Combustíveis e lubrificantes” (0,9%) mostraram crescimento.

Essa diferença de desempenho pode ser atribuída a diversos fatores, como crises contábeis enfrentadas por grandes cadeias de lojas em setores como “Outros artigos de uso pessoal e doméstico,” “Móveis e eletrodomésticos,” e “Tecidos, vestuário e calçados,” levando à redução no número de lojas e, consequentemente, à diminuição nos indicadores.

Por outro lado, setores como “Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” apresentaram crescimento consistente, influenciados pela desaceleração da inflação na área de alimentos, o que aumentou o poder de compra dos consumidores. “Combustíveis e lubrificantes” também mostraram crescimento de 0,9%, embora com várias taxas próximas de zero ou negativas em meses anteriores.

A atividade de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria” manteve um desempenho estável nos últimos meses, com variações entre -0,3% e 0,1%, embora sua influência nos resultados gerais tenha sido limitada.

Em relação ao comércio varejista ampliado, que abrange material de construção, veículos e motos, partes e peças, houve uma variação de -0.1% no setor de material de construção e um crescimento de 3,3% no setor de veículos e motos em agosto em relação a julho. No geral, o comércio varejista ampliado apresentou um crescimento contínuo nos últimos seis meses, com um aumento de 3,6% em relação a julho de 2022. O acumulado no ano foi de 4,2%, e o acumulado em 12 meses foi de 2,7%.

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